segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

4º Dia

07/01/08

Acordamos, tomamos café (desayuno), um desjejum ao pé da letra, dois biscoitos salgados um croissant e um pingado de café. Eu e o Aderbal saímos a procura de viseira para o capacete do Rodrigo, (filho do Aderbal) também procuramos (azeite) óleo para a moto do Derba e não encontramos nada. Enquanto isso a Dirce providenciou a lavagem das roupas numa lavanderia próxima do Brisa Hotel, aproveitei e fui até um banco para sacar alguns pesos que demorou um pouco. Retornamos ao hotel e carregamos as motos, aproveitei um prestador de serviço que estava fazendo um reparo na porta do hotel para também fazer um conserto no suporte que estava furando o alforge. Prontos, partimos de San Salvador de Jujuy ao meio dia, passamos num posto com bandeira da petrobras para calibrar os pneus, desisti quanto vi o Aderbal tentando colocar ar com duas mangueiras o que achei muito estranho. Nosso destino era subir primeiramente até Purmamarca que fica mais ou menos a dois mil metros de altitude. Chegamos as 14 horas, e enquanto apreciavamos a beleza da montanha de 7 "colores" aproveitamos para sentar na praça e nos deliciar com empanadas recheadas de carne de lhama (jama). Purmamarca tem um beleza muito exótica e esta sempre rodeada de mochileiros do mundo todo.
Partimos la pelas 15 horas na direção de Susques, última cidade Argentina antes do Passo de Jama, (fronteira Argentina/Chile) a subida na costa do "lipan" é indescritível, pois é um zigue zague interminável nas magnificas montanhas. Pela primeira vez a Falcon começa a sentir falta de oxigênio e a temperatura que era 30 graus cai para 10, nos agasalhamos. Ao chegarmos no topo do lipan (vulcão adormecido) a altitude era de 4.170 metros. Continuamos com a companhia das montanhas até chegarmos em Susques as 19 horas, minha garupa surpreendeu-se com o tamanho da cidade e a arquitetura das casas (100), todas marrons feitas de barro (adobe) e do mesmo tamanho, cobertas de capim com barro. Abastecemos num posto típico de deserto, uma bomba de combustível e nada mais, aproveitamos para encher o tanque, o galão reserva e mais um litro e meio que levávamos em cima do baú, pois sabíamos que no dia seguinte seriam mais de 300 quilometros pelo deserto sem esse recurso. Ao sairmos do posto visualizamos o hotel "UN QUILAR", eta sorte encontrar um hotel assim! era aconchegante e belo, lembrei que havia feito reserva. O local era mágico, naquele momento os quatro aventureiros diante de tamanha beleza perderam a noção do tempo e do espaço, pois nem o frio e a falta de oxigênio (altitude 3.700m) ofuscaram o encantamento. Jantamos e aproveitamos para brindar com um bom vinho argentino. Nosso parceiro ao deitar para dormir falou "pedir desconto aqui é um desacato".

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